Áreas de Atuação
Câncer de Próstata
A Prevalência do Câncer de Próstata
O câncer de Próstata é o câncer mais comum nos homens (excluindo-se os tumores de pele não melanoma). Afeta cerca de 1 a cada 6 homens durante a vida. Estudos mostram que sua incidência aumenta com a idade, partindo de cerca de 5% por volta dos 30 anos até 59% por volta dos 80 anos.
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Quais os fatores de risco?
O câncer de Próstata é multifatorial e alguns dos fatores de risco incluem:
- Hereditariedade: alguns tumores podem estar associados a mutações de genes conhecidos como BRCA1 e BRCA2 (em geral se apresentam em idades mais jovens e em pessoas com antecedentes familiares de tumores de próstata ou mama);
- Obesidade, hipertensão e diabetes (quando em conjunto, são chamados de Síndrome Metabólica);
- Grande ingestão de álcool e tabagismo;
- Antecedente familiar de Câncer de Próstata;
- Afrodescendência.
Sintomas
Câncer de Próstata causa sintomas?
O Câncer de Próstata em geral não apresenta sintomas em fases iniciais. A medida que progride, alguns sintomas podem aparecer como:
- Aumento da frequência urinária e necessidade de acordar à noite para urinar;
- Jato urinário fraco e entrecortado;
- Dor ou sangramento ao urinar;
- Impotência sexual e dor para ejacular;
- Dor óssea (em geral presente em casos avançados).
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Como se prevenir?
A prevenção do Câncer de Próstata e suas consequências envolve dois pilares:
- Evitar fatores de risco e adotar hábitos alimentares saudáveis;
- O consumo de quantidades moderadas de café pode estar associada a menor risco de Câncer de Próstata;
- O consumo de Tomate (preferencialmente cozido) também pode estar associada a um menor risco de Câncer de Próstata;
- Realizar o Rastreamento para diagnóstico precoce;
- O rastreamento do Câncer de Próstata inclui avaliações anuais (com toque retal e dosagem de PSA);
- Deve ser iniciado aos 50 anos para a população geral;
- Iniciado aos 45 anos em indivíduos negros;
- Iniciado aos 45 anos para pessoas com histórico familiar;
- Iniciado aos 40 anos para pacientes com mutação BRCA 2.
Quais são os estágios do câncer de Próstata?
O câncer de Próstata pode ser dividido em dois grupos: Localizado (quando a doença está apenas na próstata) ou Metastático (quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo).
Dentro da classificação de câncer localizado, ainda subdividimos os tumores em 3 grupos (baixo risco, risco intermediário e alto risco).
Os critérios utilizados para esta classificação são: o nível de PSA, a nota do Gleason (nota da biópsia que vai de 6 à 10) e se o tumor cresceu além dos limites da próstata mas ainda não enviou doença para outras partes do corpo, também chamado de extravasamento extracapsular.
Tratamentos
Como tratar o Câncer de Próstata?
Vigilância Ativa
- Alguns casos de Tumor de Próstata apresentam uma evolução muito lenta (chamamos isso de tumores indolentes). Em geral, são os tumores localizados caracterizados como Baixo Risco;
- Nestes casos, podemos optar por realizar um seguimento de perto para ir controlando o câncer, sem utilizar inicialmente uma abordagem cirúrgica ou de radioterapia;
- É importante nestes casos realizar periodicamente alguns exames (que avaliam se o tumor segue controlado): dosagens de PSA, Biópsias de próstata e Ressonância Magnética;
- Ao menor sinal de que o tumor deixou de apresentar este caráter indolente, partimos para um tratamento mais invasivo (Cirurgia ou Radioterapia);
- É importante explicar que nestes casos SELECIONADOS, o resultado de fazer a vigilância ativa é o mesmo do que a cirurgia ou radioterapia (sem os efeitos colaterais destas);
- Em alguns casos, utilizamos um exame sofisticado (chamado Oncotype®) que pode nos ajudar a prever com maior precisão se o tumor apresenta risco aumentado de deixar de ser indolente (e consequentemente ser um tumor desfavorável para vigilância ativa).
Radioterapia
- A radioterapia consiste em realizar a destruição do tumor utilizando radiação. Modernos aparelhos conseguem emitir diversos feixes de radiação que se juntam na região do tumor e destroem as células neoplásicas;
- As principais complicações da radioterapia incluem: cistite actínica (inflamação crônica da bexiga que pode causar sangramentos urinários recorrentes), retite actínica (que pode causar sangramentos retais recorrentes), dificuldade miccional em pacientes que tenham próstatas grandes e obstrutivas, dor pélvica ou outros tumores secundários à radiação;
- Nos casos tratados inicialmente com radioterapia e que apresentam uma recorrência (ou seja, o PSA volta a subir depois do tratamento) a cirurgia de resgate apresenta maiores dificuldades técnicas.
Prostatectomia Radical Robótica / Laparoscópica
- A prostatectomia é hoje o principal tratamento empregado no nosso dia a dia. É uma técnica com altas taxas de cura e que com o advento das técnicas minimamente invasivas (em especial a cirurgia robótica) está associada a uma recuperação rápida, bons desfechos funcionais e ótimos resultados oncológicos.
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Sobre o Profissional
Dr. Sérgio Andurte
Urologista | CRM-SP: 186244 | RQE: 100177
O Dr. Sérgio é formado em medicina pela Universidade de Brasília. Após a graduação, permaneceu um ano como médico intensivista no Hospital das Forças Armadas, durante o serviço militar.
Se mudou para São Paulo para realizar a residência em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) e posteriormente completou sua formação em Urologia na mesma instituição, tendo sido aprovado em primeiro lugar.
Completou o curso de capacitação em cirurgia robótica pelo Hospital Samaritano/Instituto Falke.